A uma temperatura de aproximadamente 23° começa mais uma terça feira, dia que por um breve momento esteve com jeito de segunda. As ruas estão vazias e a maioria das pessoas ainda estavam em suas camas quando alguém já estava andando apressadamente, embaralhando as rápidas passadas com a coordenação ao digitar uma mensagem de texto. Por fim o horário foi cumprido, um cartão foi batido e um expediente não muito corrido chegou ao fim.
Enquanto muitos suam devido à um calor escaldante alguém chega em casa e com a companhia de um cobertor deita-se em um sofá, a tentativa de uma televisão ligada não é válida no momento e ali um par de olhos se fecham. Quando eles se abrem estão fixados em um relógio e se deparam que é hora de ver a rua novamente, e para completar um dia contraditório quando a maioria está chegando em casa alguém encaixa os chinelos nos pés e uma camiseta velha no corpo e se vai mais uma vez.
Pela primeira na noite quando muitos já deveriam tê-la visto, o pescoço de alguém se curva para traz e aquele mesmo par de olhos não piscam por alguns segundos, eles estão agora fixados na lua e em um ponto que brilha como um diamante que um dia alguém foi dado à alguém como um presente inusitado.
A lua não era cheia nem amarela, alguém ainda não tem uma estrela com o seu nome, e a resposta ainda não chegou. Talvez todos eles cheguem com o amanhã, já que o dia ainda não acabou, e enquanto nada disso dá para se concluir, digo que eu escolhi esperar!

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