segunda-feira, 5 de setembro de 2011

...se não tivesse amor nada seria

Os dias já não se decidem mais como deveriam se decidir em exatas quatro vezes ao ano, não é explicável o que acontece, mais essa instabilidade torna-se estável aos nossos dias.
Ei... Como andam os seus dias? Você tem tomado uma xícara de café com a sua mãe sentados à beira da mesa todas as manhãs antes de ir ao trabalho ou você nem escova os seus dentes porque já acordou atrasado? É, mais uma vez você está atrasado... Infelizmente vai perder minutos que poderiam ser preciosos a esse seu novo dia, mais um ônibus lotado e um trânsito que faz seus olhos se perderem à medida que os ponteiros do relógio que habita em seu pulso estão girando desenfreadamente e você ainda não saiu do lugar, mas uma vez você não consegue esperar, salta do ônibus enfurecido e ainda utiliza palavras torpes para se dirigir à quem conduz o ônibus.
Você resolveu pegar todos os atalhos que viu pela frente, foram tantos que fossemos colocar em um plano cartesiano, x e y não seria necessário para expressar a direção que você havia tomado. Agora você se encontra parado, foram tantas voltas que você deu que não sabe mais onde está. Mais um dia se foi, já são 17h47 e você não conseguiu chegar onde gostaria. Corra! Talvez você ainda consiga ver a Lua do quintal da sua casa.
Ei... O seu coração faz parte dos seus dias, então quer dizer que ele também ainda não conseguiu chegar onde gostaria. Quantos vetores são necessários para mostras as direções e escolhas que o seu coração tem feito? Corra! Talvez amanhã faça o mesmo Sol que hoje, estenda o seu coração assim como a sua mãe usa pregadores para estender as suas roupas e espera. Ao final da tarde você vai se deparar com aquilo que você esperou por toda a sua vida, o amor.
E por esse fim de tarde tudo você pode sofrer, tudo você pode crer, tudo você pode esperar e tudo você pode suportar, porque se não tivesse amor nada seria.